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planta nível 4,72 m
planta nível 7,75 m - acesso
planta nível 10,98 m
unidades isoladas
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balanço energético
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ESTAÇÃO ANTÁRTICA COMANDANTE FERRAZ
Península Keller, Antártica
2013
Concurso IAB RJ
Área Construída
3760,10 m²
Arquitetura
Zeca Franco
Felipe Guimarães
João Figueiredo
Lina Correa
Priscila Coli
Sara Vargues
Tiago Tardin
Rodrigo Fabian Escobar
Estrutura
Leonardo Perazzo
Energia Eólica e Solar
Antonio Cláudio Abreu
Conforto Térmico e Acústica
Lygia Nyemeier
Instalações Hidrossanitárias
Marilda Azevedo
Engenharia Mecânica
Roberto Brancher
Ar condicionado
Pedro Sutton
O litoral nevado, sítio onde a nova Estação Antártica Comandante Ferraz será montada, apresenta-se como desafio inédito para arquitetos acostumados a espaços urbanos, contextos históricos, marcos construídos, limites visíveis, trânsito e deslocamentos de multidões.
Materiais eficientes, tecnologias de fabricação e montagem, conforto sem desperdício, razões construtivas adequadas e cuidados redobrados com um contexto estranho e frágil foram importantes condicionantes da arquitetura proposta.
A implantação do edifício principal levou em conta limites impostos pelo zoneamento, a topografia, o caminho percorrido pelo sol, os ventos dominantes, um canteiro de tanques de óleo diesel, os lagos norte e sul, o mar e os espaço ocupados pelo velho heliponto e a antiga estação.
Analisados em conjunto esses elementos ganham sentido, possibilitando uma leitura do sítio como um lugar que tem uma história e sugere hipóteses. Há fronteiras, invisíveis ou não, mas há. Esta condicionante vai se juntar as primeiras na composição da arquitetura apresentada.
O desenvolvimento de planta linear, paralela à lateral oeste da zona de uso 1 e equidistante do heliponto e tanques de combustível, revelou-se como direção de melhor aproveitamento. A confrontação desta hipótese com os requisitos de iluminação natural demonstrou o acerto da posição escolhida. O desvio do eixo principal da construção em cerca de 20 graus na direção nordeste permitiu que a luz solar chegasse às fachadas leste e oeste em quantidades iguais.
O desenvolvimento do edifício no confronto com a topografia ascendente na direção sul resultou em escalonamento de níveis em grande harmonia com o zoneamento da planta estudada.
A segmentação linear atende a requisitos de segurança e fuga, movimentação dos materiais em variações sub zero de temperatura e organização de usos e fluxos.
O espaço livre configurado pelo novo edifício, o heliponto e o mar aparece como lugar de deslocamentos importantes e ponto nodal da nova espacialidade.
A disposição do bloco de operação e manutenção a oeste dos blocos frontais ao mar e paralelos a estes é consequência natural das relações de funcionalidade descritas pelo programa.