UNIDADES HABITACIONAIS PARA A FAVELA DA ROCINHA

Rio de Janeiro, RJ

2007

 

Este projeto integra o Plano Diretor da Rocinha feito em parceria com o escritório MT Arquitetura, vencedor do "Concurso Nacional de idéias para o plano diretor da favela da Rocinha" (Governo do Rio e IAB RJ).

 

Cliente

EMOP - Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro

 

Área construída

20.665,00 m²

 

Arquitetura

Zeca Franco

 

Equipe

Leonardo Penteado

Lina Correa

Luiz Felipe Vasconcellos

Maria Helena Rohe Salomon

Pedro Lobo

Tiago Tardin

Este projeto integra a proposta vencedora do CONCURSO NACIONAL DE IDÉIAS PARA O PLANO DIRETOR DA FAVELA DA ROCINHA, lançado pelo Governo do Rio e IAB-RJ, em 2006. Situa-se em área classificada como exemplar e ponto de partida para conhecimento do problema e formulação das sugestões apresentadas para o conjunto da favela.

 

Em grande parte delimitada pela estrada da gávea, de trânsito pesado, e pela Rua 4, trilha estreita, escura e insalubre, a área exemplar se estende da parte baixa da favela até mais acima, onde vai encontrar o único espaço disponivel à construção de unidades residenciais para as primeiras famílias relocadas.

 

A topografia local sugere lâminas estreitas que, servidas por corredores externos, acompanharão o traçado da Rua 4, juntando-se à trama de caminhos de sua vizinhança.

 

A partir do térreo ou do pavimento intermediário, as unidades serão distribuídas em 4 andares superiores e 2 inferiores. A solução duplex foi adotada para a maioria dos apartamentos por exigir testada menor.

 

Para facilitar na manutenção da higiene e conservação dos edificios, banheiros e cozinhas receberão luz natural. Corredores internos de acesso às unidades  residenciais, prismas e ventilação mecânica serão evitados.

 

O sistema construtivo em módulos horizontais de 7,50x7,50m vai usar vigas em perfis laminados e pilares em tubos de seção redonda. Vigas intermediárias definirão vãos de 2,50m para lajes leves, autoportantes, em argamassa armada. Todas as ligações serão aparafusadas, configurando um sistema seco que dispensará solda de campo.

 

Sistemas de vedação serão fabricados fora do canteiro. Painéis solares para aquecimento de água compõem junto com as lajes do terraço jardim importante elemento de sombra para o último pavimento. A cisterna projetada tem capacidade extra para água de reuso e aproveita corte existente no terreno, assim como o estacionamento.

 

Este projeto  é pra ser fabricado e montado. E desmontado quando chegar a hora, não demolido.

 

Demonstrará seu valor social se impuser processos que reduzam ou eliminem trabalhos fatigantes ou prejudiciais. E que contribuam para o aumento do nível cultural e tecnológico da comunidade da Rocinha através de sua participação em todos os níveis.